Política

Bernardino Soares garante que PCP está "de boa saúde" e continua com "capacidade de intervenção"

O PCP está este fim de semana reunido em Almada para o 22º Congresso do partido, em que será eleito o novo Comité Central Rui Minderico/Lusa

Como resposta aos resultados eleitorais "menos bons", o antigo líder parlamentar dos comunistas lembra, na TSF, a longevidade do partido "que dura há mais de 100 anos"

Apesar dos resultados menos positivos nas eleições mais recentes, o PCP está "de boa saúde". É o que considera, em declarações à TSF a partir do congresso do partido, o antigo líder parlamentar dos comunistas Bernardino Soares.

Sublinha ainda a "capacidade de intervenção na sociedade" que o Partido Comunista Português continua a ter.

"O PCP está de boa saúde, mesmo tendo atravessado um período de resultados eleitorais menos bons. Isso não significou uma menor capacidade de intervenção na sociedade, que estamos a reforçar, e penso que isso se vai traduzir mais cedo do que tarde no reforço político e no reforço eleitoral."

O partido tem vindo a perder representação eleitoral nos últimos tempos. Na Madeira e nos Açores não conseguiu eleger qualquer deputado, na Europa tem apenas um eurodeputado e na Assembleia da República passou de seis para quatro deputados. 

Bernardino Soares lembra a história do PCP para olhar de forma positiva para o futuro: "Este partido dura há mais de 100 anos, porque sempre esteve muito ligado às pessoas, aos seus problemas, aos trabalhadores, ao nosso território. Esse é o segredo desta longevidade e também o segredo do nosso enraizamento no povo português.

Agora é preciso fazer "reforços". Como? É necessário "ir para junto das pessoas, integrar mais gente nas lutas justas que travamos, tomar a iniciativa de apresentar propostas, de organizar a reivindicação por melhores condições, por exemplo, na saúde. Isso é o que faz o PCP mais forte e é também o que faz o PCP único na sociedade portuguesa".

O PCP está este fim de semana reunido em Almada para o 22.º Congresso do partido, em que será eleito o novo Comité Central.

A partir das 18h30, os cerca de mil delegados escolhem a nova direção, que deverá ter mais mulheres e mais jovens. Está também prevista uma redução do número de elementos do Comité Central, de 128 para 125. Os resultados só deverão ser conhecidos no domingo, último dia do congresso.

Rui Polónio