Esta tarde decorre um protesto à frente da Assembleia da República para exigir que o governo português "cumpra o direito internacional e a Constituição". No Porto, a manifestação está agendada para sábado
No dia em que a Assembleia da República volta a debater o reconhecimento do Estado da Palestina, à porta do Parlamento vai decorrer, às 16h00, um protesto organizado pelos vários coletivos da Plataforma de Solidariedade com a Palestina para exigir que o Estado português cumpra "o direito à liberdade e autodeterminação dos povos". Em declarações à TSF, Julieta Almeida, porta-voz do Parents for Peace, que integra a plataforma, explica que o movimento exige a Portugal que "condene a ocupação ilegal da Palestina por Israel", mas também que imponha um "embargo de armas e cesse qualquer tipo de cooperação militar com Israel".
Os ativistas querem ainda que o país adira "aos protocolos de ajuda humanitária, especificamente no que diz respeito a cuidados médicos especializados para pessoas palestinianas deslocadas".
A porta-voz do Parents for Peace espera que as pessoas respondam ao apelo para a manifestação desta quinta-feira. "Quem tem disponibilidade e percebe a urgência e importância desta causa pode juntar-se a nós", avança.
Perante as recentes afirmações do Presidente norte-americano sobre querer "limpar" a Faixa de Gaza, através do envio do milhão e meio de palestinianos para outros países árabes, Julieta Almeida defende que se tornou ainda mais imperativa a ação dos países democráticos.
"Afirmações como essa expõem a natureza criminosa do que se está a passar na Palestina, como temos vindo a dizer, a limpeza étnica, ‘apartheid’, esses crimes estão agora expostos, é preciso agir, reconhecendo o direito à autodeterminação dos povos", sublinha.
A ativista considera que Portugal deve reconhecer o Estado da Palestina até para "manter a integridade e garantir que não é cúmplice dos crimes que estão a ser praticados".
No sábado, dia 1, decorre uma outra manifestação pela Palestina, no Porto. Está agendada para as 19h00 e será seguida de uma vigília.