O PS quer colocar equipas comunitárias no terreno para acompanhar os mais velhos e os doentes crónicos
Pedro Nuno Santos avisa a direita para que “não se meta com o sistema público de pensões” e volta a alertar que o objetivo da Aliança Democrática é privatizar a Segurança Social. Por outro lado, o secretário-geral do PS promete colocar a saúde e o setor social a “trabalhar em conjunto”, a pensar nos mais velhos.
A caminho de 18 de maio, Pedro Nuno Santos prometeu não fazer da Spinumviva o tema único da campanha eleitoral e, em Coimbra, virou o foco para um eleitorado que pode decidir as eleições: os pensionistas.
“Os mais velhos, enquanto podem, preferem estar em suas casas. Se dermos condições, significa também menos despesa para o Estado Social e para o próprio Serviço Nacional de Saúde. A saúde e a segurança social não podem andar mais de costas voltadas, a saúde e o setor social têm de trabalhar em conjunto”, acrescentou.
Pedro Nuno Santos quer colocar equipas comunitárias no terreno para acompanhar os mais velhos e os doentes crónicos. E, numa altura em que o atual Governo estuda a reforma do sistema de pensões, o socialista agita antigos fantasmas: diz que a direita quer privatizar a Segurança Social.
“O setor público de pensões é altamente apetecível para o setor privado que gera fundos de pensões. Que cada um desconte aquilo que entender do ponto de vista privado, podendo que o faça. Mas não se metam com o sistema público de pensões”, avisou.
Já na passada quinta-feira, Pedro Nuno Santos tinha deixado o aviso, o que levou o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, a pedir aos pensionistas para que “não acreditem” nas palavras dos socialistas. Lembrou ainda que o Governo da AD aumentou as pensões de acordo com a lei, o que leva Pedro Nuno Santos a arrancar gargalhadas à plateia: “Esta malta já celebra o cumprimento da lei”.
O PS define, desde já, duas prioridades para uma futura governação: salários e pensões. E, apesar de os socialistas “não terem desejado” as eleições, Pedro Nuno Santos mostra-se confiante que o partido “vai ganhá-las”.
Um desejo que é partilhado pela candidata do PS à câmara de Coimbra e antiga colega de Governo, Ana Abrunhosa, que fala no “querido amigo Pedro Nuno Santos, de quem gosta muito, e em quem acredita”.
“Pedro, preciso que sejas primeiro-ministro. Precisamos, e Coimbra precisa, que sejas primeiro-ministro”, exclamou. Ana Abrunhosa vai deixar o Parlamento, mas é candidata autárquica em Coimbra, numa coligação que junta o PS, o Livre e o PAN.