Política

SGL Carbon vai encerrar fábrica em Portugal com 250 trabalhadores. PCP exige intervenção do Governo

Gerardo Santos (arquivo)

Numa primeira fase está previsto o despedimento de 190 trabalhadores, ficando 60 até 2026. À TSF, a líder parlamentar do PCP, Paula Santos, sublinha que é a "produção e a vida destes trabalhadores que estão aqui em causa"

 A SGL Carbon vai encerrar a fábrica no Lavradio, no concelho do Barreiro, até 2026, anunciou a empresa em comunicado. Em reação, o PCP pediu esclarecimentos ao Governo, uma vez que em causa estão 250 postos de trabalho. 

“No âmbito da reestruturação da sua unidade de negócio deficitária de Fibras de Carbono, a SGL Carbon decidiu encerrar a sua unidade de produção no Lavradio (Portugal). O Lavradio é uma das sete instalações da unidade de negócio de Fibras de Carbono e emprega atualmente cerca de 250 pessoas no fabrico de fibras acrílicas e precursores para fibras de carbono”, lê-se num comunicado publicado no site da empresa

Numa primeira fase está previsto o despedimento de 190 trabalhadores, ficando 60 até 2026. A SGL Carbon justifica a decisão com a necessidade de “reduzir as atividades comerciais deficitárias e concentrar-se num núcleo rentável”.  

Numa publicação nas redes sociais, a deputada comunista Paula Santos lamenta a situação e informa que o partido já questionou o Governo liderado por Luís Montenegro. 

Em declarações à TSF, Paula Santos esclarece que o PCP quer “perceber se houve ou não apoios públicos, incluindo de fundos comunitários a esta empresa”, e saber o que é que o Executivo pretende fazer para “salvaguardar estes postos de trabalho”. 

"É a nossa produção e a vida destes trabalhadores que estão aqui em causa", insiste. 

A SGL Carbon  tem vindo a registar prejuízos, devido aos custos de produção mais elevados na Europa do que na Ásia, à concorrência e à descida dos preços dos produtos de fibra.  

A empresa não prevê, no futuro, uma melhoria da situação do mercado. 

Cristina Lai Men