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"Noite muito difícil." Furacão Melissa causa danos consideráveis em Cuba e desloca 700 mil pessoas

Ernesto Mastrascusa/EPA

O furacão Melissa é uma das tempestades mais intensas já registadas no Atlântico

O Presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, admitiu esta quarta-feira que o país sofreu "danos consideráveis" com a passagem do furacão Melissa, que obrigou à deslocação de mais de 700 mil pessoas, depois de ter devastado a Jamaica.

"A noite foi muito difícil", escreveu o chefe de Estado na rede social X, apelando aos cubanos para que "permaneçam em casa" devido aos ventos extremamente fortes e à instabilidade meteorológica.

O furacão Melissa, que atingiu esta quarta-feira e Cuba após passar pela Jamaica, é uma das tempestades mais intensas já registadas no Atlântico, segundo a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA).

Na terça-feira, ao tocar terra na Jamaica, o Melissa bateu o recorde de intensidade do histórico furacão Labor Day, que devastou os Cayos da Florida em 1935, ao atingir ventos próximos dos 300 quilómetros por hora e uma pressão atmosférica mínima de 892 milibares.

A NOAA classifica o Melissa como a quinta tempestade tropical de categoria 5 deste ano, superando o tufão Ragasa, que em setembro atingiu o leste da Ásia com ventos máximos de 267 km/h e pressão mínima de 910 milibares.

Após impactar a Jamaica, Melissa foi despromovida para a categoria 3 antes de alcançar Cuba, embora continue a provocar ventos e chuvas de grande intensidade.

As autoridades cubanas ativaram planos de emergência nas províncias ocidentais e centrais, incluindo evacuações preventivas, encerramento de escolas e reforço das reservas de energia e alimentos.

Segundo cientistas citados pela NOAA, a crescente frequência e intensidade de furacões como Melissa está associada ao aquecimento global e às alterações climáticas, que amplificam o impacto das tempestades tropicais em todo o mundo.

Lusa