O treinador dos leões espera um Sporting muito motivado para primeira vitória em Itália. Em conferência de imprensa, Rui Borges reagiu ao alegado interesse dos ingleses do Wolverhampton e garantiu: "Se ficar aqui mais dez anos, sou o treinador mais feliz do mundo"
O treinador do Sporting disse esta segunda-feira esperar que a possibilidade de garantir a primeira vitória de sempre em Itália sirva de motivação para o jogo frente à Juventus, na terça-feira, para a Liga dos Campeões em futebol.
Questionado sobre o facto de os "leões" nunca terem vencido nas 18 anteriores deslocações a Itália, Rui Borges disse esperar "que isso sirva de motivação" suplementar para os jogadores, mas advertiu que, do outro lado, estará também uma equipa italiana "super motivada", até pela chegada de um novo treinador, Luciano Spalletti, "com muita história e peso".
Afirmando-se extremamente "motivado" e "feliz por defrontar uma grande equipa na melhor competição da Europa", o técnico disse esperar "um grande jogo", contando que os seus jogadores também estejam particularmente motivados com o que podem alcançar na terça-feira, uma inédita vitória em Itália, e o que tal significaria "para a história deles, para a história do clube".
Contudo, advertiu, a Juventus, orientada desde há poucos dias pelo ex-selecionador italiano Luciano Spalletti, "é uma grande equipa, com um grande treinador, com uma história muito boa e muito grande", pelo que Borges antevê "imensas dificuldades" para o jogo em casa dos "bianconeri".
"A mudança de treinador mexe sempre com o grupo e com a equipa. Mexe com o consciente, mexe com a atitude, mexe com compromisso. Vão estar super motivados", antecipou, na conferência de imprensa de antevisão da partida, referente à quarta jornada da fase de liga, no Allianz Stadium.
Tendo Spalletti chegado a Turim apenas há quatro dias e orientado somente um jogo, no passado sábado, frente à Cremonese (vitória por 2-1), Rui Borges admitiu que a mudança no comando técnico da equipa italiana dificultou "o estudo" do adversário, que, à partida, jogará num sistema de três centrais que nem é "o mais usado" no passado do novo treinador. Contudo, garantiu que o Sporting estará "preparado", independentemente do sistema que a Juventus apresentar.
Questionado sobre se a presença do avançado grego Fotis Ioannidis na conferência de imprensa de antevisão da partida, aliada ao facto de o colombiano Luis Suárez ter treinado com uma proteção no joelho, significa que o jogador contratado no último verão ao Panathinaikos vai jogar a titular, Rui Borges não revelou em que vai apostar, ironizando que "normalmente quem vem à conferência não joga no dia seguinte" e garantindo que o atacante colombiano não está lesionado.
Afirmando-se "feliz" por ter à sua disposição os dois avançados, disse estar convicto de que, "independentemente de quem jogar, dará boa resposta", e ressalvou que "até podem jogar os dois, nunca se sabe", mas manteve-se fiel à sua ideia de nunca divulgar antecipadamente o "onze", pois "todos têm de estar preparados para jogar".
Quando confrontado com o alegado interesse dos ingleses do Wolverhampton, Rui Borges garantiu que está a viver o seu "sonho" no Sporting e que nunca foi nem será o dinheiro a movê-lo, afirmando que se ficar mais 10 anos no clube lisboeta será o técnico "mais feliz do mundo".
Sobre o apoio que esta segunda-feira lhe foi manifestado pelo presidente do clube, Frederico Varandas, em declarações à partida de Lisboa rumo a Turim, a propósito do interesse do Wolverhampton, respondeu de forma irónica que não viu essa mensagem como "um voto de confiança", pois esses, assinalou, normalmente são seguidos de despedimentos.
O Sporting, 11º classificado, com seis pontos, defronta a Juventus, 25ª, com dois, no Allianz Stadium, em Turim, às 21h00 locais de terça-feira (20:00 em Lisboa), numa partida que será arbitrada pelo alemão Daniel Siebert.