A confirmação foi dada pelo chairman do grupo Vila Galé na inauguração da unidade hoteleira em Belém do Pará. Jorge Rebelo de Almeida garante ter um gosto especial por projetos hoteleiros desafiantes que ajudem a devolver a alma de cidades com centros históricos e avança agora para o novo hotel no Museu do Azulejo, em São Luís do Maranhão. Tendo ainda previstos novos espaços em Alagoas, Brumadinho (Minas Gerais) e Florianópolis (Santa Catarina)
Numa cidade que tem lutado com o drama da oferta hoteleira, pela procura crescente durante a COP30, que se realiza de 10 a 21 de novembro, foi inaugurado o primeiro hotel Vila Galé na região Norte do Brasil. É o 13.º empreendimento do grupo em território brasileiro. Chama-se Vila Galé Collection Amazônia, fica em Belém, capital do estado do Pará, e vai seguir-se a unidade hoteleira no museu do Azulejo em São Luiz do Maranhão.
O presidente do grupo, Jorge Rebelo de Almeida, adiantou mais, que são quatro unidades em construção, incluindo no Maranhão, também em Alagoas, Brumadinho (em Minas Gerais) e Florianópolis (em Santa Catarina), que se vão juntar aos 13 empreendimentos que a Vila Galé já tem no Brasil, depois da abertura do Vila Galé Collection Amazônia.
Para o fundador do grupo, o Brasil continua a representar um potencial de expansão e a prova está no resultado deste novo investimento, que representa cerca de 29 milhões de euros (180 milhões de reais).
Durante o seu discurso, o gestor chegou a brincar, dizendo que apostar neste empreendimento num momento em que a cidade se agitava para receber a COP30, "foi um desafio, pois quem olhasse para isto e visse o espaço, fazer aqui um hotel no meio de uma cidade que estava em polvorosa, que não havia pessoal para a construção, em que havia falta de material é, de facto, de loucos! Mas na Vila Galé temos uma vontade enorme de fazer coisas difíceis".
Com 227 quartos, incluindo duas suítes, a nova unidade hoteleira dispõe de duas piscinas exteriores com vista sobre a Baía do Guajará, um spa com piscina interior aquecida, um restaurante com carta de sabores locais, um Clube Nep com atividades para crianças e uma área de eventos com quatro salas com capacidades para 250, 100 e 60 pessoas.
Nesta unidade, Jorge Rebelo de Almeida sublinhou que quiseram "prestar uma homenagem muito especial às mulheres, pela força, sensibilidade, coragem e pela forma como transformam o mundo à sua volta. Cada espaço deste hotel reflete essa inspiração, e cada mulher homenageada simboliza diferentes expressões, como a arte, a solidariedade, o desporto e a criatividade. É uma forma de reconhecer o papel fundamental das mulheres na sociedade" e assim há suítes com alusões a mulheres que fizeram história, entre elas, a filha da terra Fafá de Belém, mas também a cantora Elis Regina e a atriz Fernanda Montenegro.
Para assinalar a abertura, o Vila Galé Collection Amazônia inaugurou a exposição Mulheres da Amazónia, com curadoria fotográfica de João Ramid e curadoria científica de Mariluz Coelho, do Instituto VerAmazónia e uma mostra com fotografias de João Ramid, Ângela Berlinde e Lucília Monteiro.
Com cerca de 400 pessoas presentes numa cerimónia que acontece uma semana antes do início da COP30, Jorge Rebelo de Almeida explicou a importância do projeto, considerando que recuperar o património histórico "é um dever do grupo" assim como apostar na gastronomia local, realçando que "o Brasil tem muita comida boa por todos os lados, mas a do Pará é muito original e diferente de tudo o que há no mundo, como é o caso do jambu e tucupi, mas também o peixe de rio e o tradicional açaí".
O líder do Vila Galé realçou ainda que o objetivo do grupo "não é só fazer quartos para dormir. Nós gostamos de oferecer cultura e experiências" e tal será possível a partir de agora nesta zona da estação das Docas, na orla fluvial do antigo porto de Belém.
Para já entusiasmo não falta com novos espaços na calha. O fundador do grupo hoteleiro português confirmou a instalação do novo hotel no Museu do Azulejo, em São Luís do Maranhão, além de novos espaços em Brumadinho (Minas Gerais) e em Florianópolis (Santa Catarina), ainda sem datas de inauguração. Garantiu também que, ainda em novembro, vão abrir mais uma unidade em Cuba, onde já têm três unidades e num país que considera que "sofre e merece ser ajudado, ainda por cima com aquele embargo, que é incrível".