À TSF, o responsável pela Rede Expressos, Martinho Costa, sublinha que a empresa "não está disponível" para lidar com as consequências de transformar o terminal de Sete Rios num "local onde as pessoas não sejam transportadas da forma mais correta"
O terminal de Sete Rios "está esgotado" na sua capacidade para receber mais autocarros. É com esta garantia que a empresa rodoviária Rede Expressos, que gere o terminal, justifica a continuação do bloqueio à entrada da FlixBus.
Em declarações à TSF, o responsável pela Rede Expressos, Martinho Costa, reafirma que existem pareceres técnicos que comprovam que o terminal está no limite da sua capacidade e, por isso, a limitação é para manter.
"O que está aqui em causa é que o terminal de Sete Rios está esgotado. Há relatórios de segurança que apontam para essa situação", garante.
Estas alegações contrariam aquela que foi a decisão da Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT) que, em maio, determinou que a FlixiBus deve ter acesso ao terminal, uma vez que considera ter sido "confirmada a existência de capacidade disponível" para receber mais veículos.
Mas Martinho Costa sublinha que a Rede Expressos "não está disponível" para lidar com as consequências de transformar o terminal de Sete Rios num "local onde as pessoas não sejam transportadas da forma mais correta".
"Nós não estamos disponíveis por respondemos pessoalmente e civilmente pelo que possa acontecer às pessoas e bens, nós não estamos disponíveis a contrariar os pareceres técnicos que temos", vinca.
Já esta quinta-feira de manhã a concorrente FlixBus revelou a criação do jogo "Monopólio Expressos - Edição Sete Rios" para voltar a denunciar a falta de acesso a este terminal, em Lisboa. Em declarações à TSF, Tiago Cavaco Alves, diretor de operações da FlixBus em Portugal, explicou que o jogo é uma "metáfora" que pretende alertar para o incumprimento da decisão da AMT, apontando que a Rede Expressos está a prejudicar não só a FlixBus, mas também os passageiros.