O candidato a Belém defendeu que é preciso uma "política de investimento" e criticou o Executivo por ter dito que resolvia o problema no setor da Saúde em 60 dias, mas "já passaram muitos 60 dias" e o problema "não só não se resolve, como se tem vindo a agravar"
O candidato a Presidente da República António Filipe defendeu esta quinta-feira que a substituição da ministra da Saúde e a celebração de pactos, como Marcelo Rebelo de Sousa pediu, não irá resolver o problema do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
"Não se resolve com a demissão da ministra. Saber quem é o cidadão ou cidadã que a cada momento deve ser ministra ou ministro da Saúde é uma responsabilidade que o primeiro-ministro tem de assumir. Ele pode substituir a atual ministra por outro cidadão ou cidadã e ficar tudo na mesma, portanto não é a mera substituição de um membro do Governo que vai resolver este problema", disse António Filipe durante uma visita a Bragança.
O candidato a Belém defendeu que é preciso uma "política de investimento" e criticou o Executivo por ter dito que resolvia o problema no setor da Saúde em 60 dias, mas "já passaram muitos 60 dias" e o problema "não só não se resolve, como se tem vindo a agravar".
António Filipe afirmou não concordar com a posição do atual Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que entende que deve ser feito um pacto de regime para a saúde.
"Há muitos anos que ouvimos falar de pactos, pactos para a justiça, pactos para a saúde, quando o que nós precisamos é de uma política de defesa do SNS e essa só é possível se houver atratividade das carreiras dos profissionais", apontou António Filipe.
O candidato apoiado pelo PCP considerou que a valorização das carreiras serve também para que os profissionais de saúde não prefiram trabalhar no privado.
António Filipe sublinhou ainda que "é um direito das populações terem SNS que lhes garanta o acesso aos cuidados de saúde de que precisam independentemente da situação financeira".