Economia

COP 30: União Europeia anuncia aumento de contributo entre 66 % e 72%

O anuncio foi feito por António Costa na sessão plenária da COP30. O presidente europeu, ao lado de Ursula von der Leyen fez saber que a Contribuição Nacionalmente Determinada da União Europeia submetida à apreciação, varia entre 66 % e 72 % da redução de emissões em comparação com os níveis de 1990.

No discurso no plenário de líderes, que antecede a abertura oficial da COP30, o Presidente do Conselho europeu começou por dizer que entre 1990 e 2023, as emissões na União Europeia de gases com efeito de estufa diminuíram 37 %, enquanto a economia cresceu 68 % e que é convicção dos estados-membros que este o caminho para reduzir as emissões em 55 % até 2030 e atingir a neutralidade climática carbónica em 2050.

António Costa garantiu que "esta é a nossa ambição. Este é o nosso rumo, que manteremos, tudo por isso o prazer de juntamente com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciar que a Contribuição Nacionalmente Determinada da União Europeia submetida à COP30 varia entre 66 % e 72 % da redução de emissões em comparação com os níveis de 1990."

A União Europeia está comprometida com a ação climática, mas Costa diz que a luta climática precisa de muitos mais e sem multilateralismo não há ação climática." Conta por isso, com todas as partes para concretizar uma ação climática decisiva, com a proteção dos oceanos, a biodiversidade e uma transição energética justa no seu centro.

O presidente do Conselho europeu sublinhou ainda que a União Europeia é o maior doador mundial de financiamento climático e estará empenhada em mobilizar ainda mais recursos, através da reforma do sistema financeiro internacional e do envolvimento dos setores público e privado.

Costa deixou a promessa de que os líderes europeus apoiam a Presidência brasileira da COP e junta-se para impulsionar uma transição justa e apoiar os mais vulneráveis, adiantando que "este é o momento de agirmos, juntos, por um futuro sustentável, pacífico e justo para todos."

António Costa não deixou de fazer uma alusão à localização do evento. Começou por felicitar o Brasil pela organização da Cimeira do Clima da ONU na Amazónia, uma das principais fontes de vida do nosso planeta, considerando que COP30 se realiza num momento decisivo da luta contra as alterações climáticas.

O antigo primeiro ministro socialista, agora lider do Conselho Europeu considera que "a janela de oportunidade para agirmos e evitarmos impactos irreversíveis sobre a humanidade e a natureza está a fechar-se rapidamente. A ameaça existencial representada pelas alterações climáticas sustenta precisamente o compromisso inabalável da União Europeia com o Acordo de Paris."

Prometeu manter plena dedicação à sua ambição, bem como, o espírito multilateral, para fazer tudo o que estiver ao alcance da UE para manter o objetivo de limitar o aquecimento global a 1,5°C acima dos níveis pré-industriais" e como foi explicando com dados econômicos, " o caminho tem sido difícil, mas tem tido resultados."