Em declarações à TSF, Elsa Logarinho fala numa "alegria enorme" por ter conquistado, após "muito trabalho", o prémio que vai permitir investir em metodologias "mais avançadas"
A investigadora Elsa Logarinho, do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (i3S) da Universidade do Porto, venceu uma bolsa de mais de três milhões de euros do Conselho Europeu de Investigação. "É uma alegria enorme. Qualquer cientista ambiciona muito conseguir este tipo de financiamento. E obviamente que há muito trabalho por trás desta conquista", reage na TSF.
Logarinho explica que vão ser estudadas formas de atrasar o envelhecimento das células: "Nós vamos estudar umas estruturas, umas regiões do nosso genoma, do nosso material genético. São umas sequências de DNA repetitivo a que se chama centrómeros. São regiões que só recentemente a tecnologia de sequenciação de DNA permitiu caracterizar e, portanto, temos alguma evidência de que esta instabilidade dos centrómeros contribui para o envelhecimento das células do sistema imunitário. Depois, a nível fisiológico, o que vamos desenvolver são modelos para perceber se existem novas abordagens que possam melhorar e atrasar esta instabilidade dos centrómeros no sentido de aumentar a imunidade."
Este estudo será feito pela portuguesa em conjunto com dois cientistas franceses do Instituto Marie Curie. Logarinho sublinha ainda que o prémio vai permitir que a equipa tenha acesso a materiais e metodologias "mais avançados", que de outra forma não seria possível. Desta forma, vai conseguir trabalhar "com toda a criatividade".