A candidatura a Belém do almirante refere, numa nota, que na política e no jornalismo "não pode valer tudo"
"Não vale tudo." É com estas palavras que a candidatura à Presidência da República de Henrique Gouveia e Melo recusa que tenha sido uma "tentativa de Marcelo para o travar" que tenha motivado a sua entrada na corrida a Belém.
Em causa está uma notícia da Agência Lusa, que avança que o almirante Gouveia e Melo só decidiu avançar com a candidatura a Belém quando leu uma notícia no Expresso que dava conta de que Marcelo Rebelo de Sousa pretendia travar a sua entrada na corrida através da sua recondução como chefe da Armada.
Agora, uma nota publicada no site oficial da candidatura de Gouveia e Melo afirma que esta informação é "falsa e enferma" e acusa a agência de "uma falta de rigor inaceitável".
"O almirante Henrique Gouveia e Melo não se refere, em momento algum, durante a entrevista, concedida à jornalista Valentina Marcelino, realizada para o livro "As Razões" como tendo sido o Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa, ou qualquer declaração sua, a motivação para se candidatar à Presidência da República, conforme pode ser facilmente comprovado nas páginas 123, 124 e 125 do referido livro", lê-se.
A candidatura esclarece ainda que na origem da decisão de o almirante integrar a corrida a Belém esteve antes o facto de "ter percebido que o Presidente da República e o Governo não estavam verdadeiramente interessados em nada da defesa".
"A candidatura à Presidência da República foi motivada, sobretudo, pela vontade de continuar a servir Portugal de forma ativa e a contribuir para os destinos do País, perante um cenário de instabilidade política a nível nacional e de incerteza internacional", acrescenta.
A nota refere ainda que na política e no jornalismo "não pode valer tudo" e lamenta que a agência tenha contribuído para a "proliferação de uma notícia que objetivamente visou desinformar e manipular as declarações proferidas".
A TSF já contactou a Agência Lusa e aguarda uma resposta.