Política

"Assembleia Municipal não é força de bloqueio à Câmara de Lisboa"

DR

André Moz Caldas, presidente da Assembleia Municipal de Lisboa já foi felicitado por Carlos Moedas depois da vitória, por sete votos. Em declarações à TSF, o socialista promete "cooperação institucional leal e respeito pelas diferenças," mas sublinha que "é a Câmara que está subordinada à Assembleia

O socialista André Moz Caldas, eleito presidente da Assembleia Municipal de Lisboa (AML), garantiu esta quarta-feira que não será uma "força de bloqueio" à ação autárquica de Carlos Moedas, sublinhando que no último mandato a AML apenas rejeitou quatro das milhares de propostas do social-democrata.

"A Assembleia Municipal não é uma força de bloqueio da Câmara Municipal de Lisboa. É o órgão de fiscalização da atividade da Câmara. Mesmo nas ocasiões que em que a AML não acompanhe propostas da CML, não está a bloquear a sua atividade, mas a fiscalizá-la. Está a exercer as competências que a lei confere", afirmou André Moz Caldas, em declarações à TSF.

"Não há nenhuma subordinação da AML à CML. Muito pelo contrário, há uma subordinação da CML à AML. Isso é que é a nossa a realidade", prosseguiu.

Ainda assim, sublinhou, André Moz Caldas não quer ser "líder da oposição a Carlos Moedas", com quem ainda esta quarta-feira teve a oportunidade de conversar.

"O presidente da CML teve a imensa gentileza de me telefonar hoje cedo pela manhã e felicitar-me pela eleição. Vamos brevemente encontrar-nos e eu transmitir-lhe-ei de viva-voz aquilo que é este meu entendimento", disse.

Sobre o orçamento do executivo municipal - que a socialista Alexandra Leitão já admitiu que será difícil de aprovar -, André Moz Caldas desdramatizou e atirou: "A única coisa que uma eventual rejeição do orçamento pode trazer à Assembleia é um bocadinho mais de trabalho."

André Moz Caldas promete uma presidência firme e quer a AML a funcionar com qualidade e serenidade. Admitiu, por isso, uma revisão do regimento.

Judith Menezes e Sousa