Num comentário às palavras de José Sócrates após o Conselho de Ministros extraordinário desta segunda-feira, os vários partidos da oposição lançaram críticas ao primeiro-ministro.
O secretário-geral do PSD reafirmou, esta segunda-feira, que os sociais-democratas não vão viabilizar as novas medidas de austeridade e desafiou o primeiro-ministro a assumir o fracasso da sua governação.
Para o PSD, o Governo foi «obrigado a apresentar um novo Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) porque falhou nas suas políticas».
Já Nuno Magalhães, porta-voz do CDS-PP, lamentou que José Sócrates não tenha dito porque razão não apresentou as medidas no Parlamento antes de as levar a Bruxelas, sobretudo sendo alguém que «fala de patriotismo e de institucionalismo».
O democrata-cristão disse ainda que o CDS não ficará na «fotografia» das negociações com este Executivo.
Por seu lado, José Manuel Pureza, líder parlamentar do BE, afirmou que o primeiro-ministro comete um «equivoco» quando afirma que estas medidas apenas têm efeitos do lado da despesa do Estado.
O bloquista acusou ainda José Sócrates de esconder este «PEC do Parlamento, do país e dos parceiros sociais» e disse que o BE vai apresentar alternativas.
O PCP, pela voz de Jorge Cordeiro, da comissão política do partido, disse que os comunistas vão apresentar um «projecto de resolução de rejeição do PEC» e «um conjunto de propostas e soluções», que são o «contraponto» deste caminho sem saída.