As 88 mil toneladas de resíduos da extinta Siderurgia Nacional depositadas nas antigas minas de S. Pedro da Cova, Gondomar, são perigosas e têm de ser removidas.
Considerando «a elevada perigosidade» dos resíduos, a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região Norte (CCDR/N) determinou a remoção integral dos depósitos em causa, a comunicação imediata dos resultados e conclusões às autoridades e a monitorização ambiental das águas subterrâneas.
«Faremos todos os esforços para que a remoção ocorra até ao Inverno», garantiu o vice-presidente da CCDR/N, Paulo Gomes, numa conferência de imprensa que decorreu hoje de manhã.
A resolução da CCDR/N determina ainda a «transferência para um centro de tratamento e valorização de resíduos perigosos e a requalificação e protecção ambiental do lugar do aterro, em S. Pedro da Cova, Gondomar».
Paulo Gomes admitiu que a situação pode mesmo «tratar-se de um problema de saúde pública», depois de o relatório do LNEC ter encontrado, em análises, «concentrações de chumbo muito superiores ao valor limite previsto na legislação».
A Junta de Freguesia de S. Pedro da Cova já fez saber que exige que a população local seja compensada e que sejam analisados os efeitos do depósito nas águas.