Agentes policiais impediram 50 militantes extremistas islâmicos, do não legalizado Partido da Libertação, de fazer sexta-feira uma oração colectiva na principal avenida da capital, noticia a agência EFE.
O grupo foi dissolvido de forma pacífica pelos agentes, cujo número triplicava o dos militantes, na Avenida Habib Bourguiba, onde está a sede do Ministério do Interior.
O ministro da pasta, Habib Essid, divulgou um comunicado onde informou que não autorizava «a ocupação da via pública para o cumprimento de orações fora dos lugares de culto».
No texto qualificava ainda o comportamento dos militantes como «estranho à sociedade tunisina» e apelou «ao respeito da lei».
O Partido da Libertação não obteve do governo provisório a autorização legal para desenvolver as suas actividades políticas.
Às sextas-feiras realizam «orações colectivas» nas ruas, que provocam protestos por parte dos transeuntes, por «dificultarem a livre circulação, ameaçarem os interesses dos comerciantes, funcionários e operários e criarem problemas de circulação automóvel», lê-se no texto do ministro.
Por outro lado, membros do Conselho Superior para a Realização dos Objectivos da Revolução alertaram para «o perigo de manipulação dos lugares de culto», mesquitas, pelos partidos políticos na futura campanha eleitoral para as eleições constituintes em 24 de Julho.
O líder do partido dos Patriotas Democratas, Chukri Belaid, afirmou que essa manipulação das mesquitas «semearia a discórdia na sociedade e o país cairia em conflitos sectários».
Mongi Elluz, do Partido Democrático Progressista, considerou necessário controlar esse fenómeno e denunciou o «acosso» e as «humilhações» a que são sujeitos os imãs e pregadores pelos fanáticos islamistas.