A Associação Sindical dos Profissionais da Policia classifica de «desadequado e rígido» o novo Regulamento de Continências e Honras Policiais, publicado em Diário da República em Março.
O diploma estipula as regras que definem a convivência entre as várias hierarquias da PSP.
Os agentes reconhecem a importância de uniformizar as práticas da vida interna desta força policial, mas dizem que o despacho vai longe de mais e inclui gestos que fazem parte da educação de qualquer cidadão.
Entre outras medidas, um agente deve ceder passagem a um superior num local apertado e se tiver que passar por trás, tem de pedir licença. O mesmo se aplica quando um agente entrar ou sair de qualquer dependência da PSP.
Com a aplicação do novo Regulamento de Continências e Honras Policiais, passa a ser obrigatório usar a palavra senhor ou senhora depois da continência, e quando tiver que entrar num carro, um agente tem de deixar passar primeiro todos os superiores e deverá ser depois o primeiro a sair.
Junto a um passeio ou a uma parede, a posição interior, mais resguardada, é sempre para o superior.
Em declarações à TSF, Paulo Rodrigues, presidente da ASPP, considerou que este regulamento é exagerado.
Paulo Rodrigues criticou ainda o facto do regulamento ser muito semelhante ao que já existe para os militares, sublinhando que são forças distintas cuja missão exige regras muito próprias.
Nesse sentido, para a ASPP, as novas regras constituem mais um instrumento que pode penalizar os agentes
O presidente da ASPP lamentou também não ter sido consultado, apesar desta matéria não necessitar de negociação, considerando que teria apreciado um gesto de boa fé por parte da Direcção Nacional da PSP.