O receio de ser interpretado como «forma de fraqueza» levou o presidente do BCP a não fazer o anúncio de que a instituição financeira fechou «cerca de 20 balcões» em 2010.
Na assembleia-geral de accionistas do BCP, no Porto, Carlos Santos Ferreira, confirmou que «em 2010, o Millennium BCP fechou cerca de 20 balcões».
«Achámos que não o podíamos fazer anunciando, porque ou é visto como uma gestão activa ou como forma de fraqueza, o que aconteceu quando um nosso concorrente anunciou essa mesma decisão», explicou o presidente do BCP, no Centro de Congressos e Exposições da Alfândega do Porto.
A confirmação do encerramento de 20 balcões do BCP foi feita quando respondia a questões antes da votação do ponto um da ordem dos trabalhos sobre o relatório de gestão, o balanço e as contas individuais e consolidadas do ano passado.
Os accionistas do BCP estão reunidos na assembleia-geral anual do banco, que vai ser dominada pelas decisões relativas à provável reeleição da equipa de gestão liderada por Carlos Santos Ferreira.
Outras das questões que vai ser abordada será a proposta de um aumento de capital até 1,37 mil milhões de euros defendido por um grupo de accionistas de referência, entre os quais a EDP e a Sonangol.