Portugal

Meios de combate a incêndios reduzidos em 23% este ano

Incêndios dr

Apesar dos 50 milhões de euros que o Governo anunciou para a prevenção dos fogos florestais, os meios de combate foram, este ano, reduzidos em cerca de 20 por cento.

Na fase de maior calor e risco, a chamada fase "Charlie", há uma redução efectiva em todas as áreas do combate. Menos 15 meios aéreos, menos 158 viaturas de bombeiros e menos cerca de 800 operacionais no terreno, que em 2010.

A redução de verbas para o combate já tinha sido anunciada pelo Governo e é agora quantificada na prática com a concretização da redução dos meios efectivos de combate aos incêndios.

A Protecção Civil, que esta terça-feira apresenta o dispositivo de combate a incêndios florestais, justifica estes cortes com «a necessária contenção da despesa pública».

No caso dos meios aéreos, a redução é maior porque é a que implica mais gastos. O dispositivo foi ajustado e os meios mais sacrificados são os chamados aviões não anfíbios, ou seja, aqueles que têm de aterrar para reabastecer a água descarregada nas florestas.

Estas paragens, explica a Protecção Civil, obrigavam a intervalos muito espaçados, fazendo perder muito tempo no combate às chamas.

Por isso, a opção foi substituir a operação destes aviões por meios mais pequenos: aviões médios anfíbios, com menor capacidade, é certo, mas com a hipótese de abastecer recargas de água sem terem necessidade de aterrar.

Este ano podem ser accionados 41 meios aéreos, sendo que no ano passado eram 56.

No total, 23 por cento do orçamento de combate aos incêndios vai ser cortado.

O dispositivo especial de combate a incêndios vai ser accionado a 15 de Maio e termina a 15 de Outubro.