A farmácia do Hospital dos Capuchos está a exigir aos doentes com hepatite B crónica o pagamento de um medicamento que custa mais de 360 euros por mês, noticia o jornal Público.
Até ao momento, este pagamento antivírico era feito gratuitamente em ambulatório no Hospital dos Capuchos, mas a farmácia terá passado a cobrar o valor dos medicamentos a cada doente.
De acordo com o jornal Público, a administração do hospital invoca um decreto-lei de 1962, que exclui a hepatite B das patologias abrangidas pelo tratamento gratuito.
No Parlamento, o Bloco de Esquerda já questionou a ministra da Saúde sobre este caso.
O deputado João Semedo quer que o Ministério da Saúde trave a venda pelos serviços farmacêuticos hospitalares.
Por seu turno, a Associação SOS Hepatite considera esta decisão «ilegal» e «imoral».
Ouvida pela TSF, a presidente desta associação, Emília Rodrigues, alertou que muitos doentes vão acabar por abandonar o tratamento, caso tenham de pagar o medicamento.
Confrontado com esta situação, o Ministério da Saúde esclarece que os medicamentos de dispensa exclusiva hospitalar não são cobrados aos utentos, escusando-se a revelar mais pormenores.