Política

«Fabricar uma espécie de união nacional é perversão», diz Passos Coelho

Pedro Passos Coelho Global Imagens

Numa cerimónia pública 37 anos depois do 25 de Abril, o presidente do PSD considerou que a «união nacional não é desejada em Portugal».

O presidente do PSD entende que a ideia de haver a necessidade de se «fabricar em Portugal uma espécie de união nacional é uma perversão ainda para mais a ser evocada num dia como este».

«A união nacional não é desejada em Portugal nem pelos que têm memória da que já existiu nem daqueles que, com prudência, aprendem lições do passado», acrescentou Pedro Passos Coelho.

Numa cerimónia pública no dia em que passam 37 anos sobre o 25 de Abril, o presidente dos sociais-democratas frisou que Portugal «tem uma democracia madura».

«Temos de nos saber ouvir, confrontar ideias e depois, quando o povo decide quem governa, esse que governa tem de ser responsabilizado», adiantou.

Durante uma conferência da Plataforma Construir Ideias, Passos Coelho defendeu ainda que tem de haver uma «grande capacidade de diálogo».

«Mas se queremos dar consequência à decisão dos eleitores temos de acabar no que é mais próprio das democracias: o pluralismo, a diversidade, nomeadamente dos partidos, e a responsabilidade que cada um tem na forma como nos ajuda a decidir e a construir o futuro», explicou.

Considerando que se nada mudar num país, numa empresa ou numa família a «probabilidade do resultado se manter é muito elevado, Passos Coelho reconheceu que o PSD cometeu muitos erros que o líder social-democrata não quer voltar a repetir.

«Não vamos para o Governo para enxamear a Administração Pública de quadros do PSD e não vamos meter nos gabinetes e secretário de Estado um exército de gente que constitua uma administração paralela à que já existe no Estado», garantiu.