Política

Sócrates acusa oposição de ser lenta a apresentar «alternativa política»

José Sócrates durante a apresentação do programa eleitoral do PS Global Imagens

Na apresentação do programa eleitoral do PS, o primeiro-ministro explicou que a oposição estava apenas preparada para «precipitar a queda do Governo à primeira oportunidade».

O primeiro-ministro acusou a oposição de ter sido rápida a provocar a crise e lenta a apresentar alternativas para o país na apresentação do programa eleitoral do PS, que privilegia quatro áreas com destaque para o Estado Social.

«Foram rápidos em destruir, mas são lentos a propor e a construir. Estavam preparados, mas para precipitar a queda do Governo à primeira oportunidade, mas não estão manifestamente preparados para apresentar ao país aquilo que deviam: uma alternativa política», explicou José Sócrates.

Numa intervenção no Centro Cultural de Belém, o chefe do Governo entende ainda que o «tempo não está para aventuras políticas, não está para radicalismos ideológicos e não está para tiros no escuro».

«As dificuldades são muito sérias e neste momento difícil devemos defender o país, proteger as pessoas, preservar e desenvolver os serviços públicos e as funções sociais do Estado que ajudam as pessoas, especialmente as que estão em maior risco ou privação», acrescentou.

Sem nunca referir directamente o PSD, Sócrates disse ainda que a «oposição, que connosco disputa a vitória eleitoral, bem pode atrasar e esconder as medidas concretas que propõe, mas isso não a salva».

«A sua agenda, mesmo obscura, é bem real. É a agenda do enfraquecimento do Estado Social, da desregulação do mercado de trabalho, das privatizações sem freio e sem nenhum critério», concluiu Sócrates, que definiu o programa eleitoral do PS como «simples, concreto e claro».