Artes

Exposição World Press Photo abre hoje em Lisboa

Museu da Electricidade dr

A exposição com as fotografias premiadas do último grande prémio World Press Photo abre portas ao público esta sexta-feira no Museu da Electricidade, em Lisboa.

A mostra abrange um ano de acontecimentos captados pelas objectivas de vários repórteres fotográficos em todo o mundo, numa das mais «jornalísticas» edições, considera o comissário da exposição, Paul Ruseler.

O vencedor do principal prémio foi a fotografia do rosto de uma mulher afegã mutilada pelo marido no nariz e orelhas, da autoria da sul-africana Jodi Bibier, sendo a primeira vez que um retrato arrecada a maior distinção desde que o concurso se realiza.

Paul Ruseler sublinha ainda a presença de muitos repórteres que foram premiados por trabalhos feitos no próprio país, como aconteceu no Haiti, por causa do violento sismo de 2010, ou na Somália e na Indonésia.

No total, nesta edição do World Press Photo foram distinguidos 56 fotógrafos de 23 nacionalidades, escolhidos entre 5847 participantes e com o número recorde de 108.059 fotografias a concurso.

Confrontos em Banguecoque, o sismo do Haiti, a erupção de um vulcão na Indonésia, as cheias na Tailândia, o caso Wikileaks, as mortes ocorridas na Lova Parade, em Berlim, e a sucessão do líder coreano Kim Jong Il foram assuntos dominantes para a objectiva dos repórteres e que podem ser recordados em Lisboa.

Entre as escolhas há ainda, por exemplo, uma menção especial para uma série de fotografias feitas pelos mineiros que ficaram retidos numa mina no Chile.

Bem como, um conjunto de imagens, de baixa resolução, retiradas por Michael Wolf, um não-profissional, das captações feitas pelo Google Street View com cidadãos anónimos em situações inusitadas.

Com a tecnologia a rodear-nos por todo o lado, Paul Ruseler defendeu que «é o olho do fotógrafo que decide qual é 'a' fotografia».

A exposição ficará patente no Museu da Electricidade, em Lisboa, até 22 de Maio.