As saídas amigáveis estão a ser propostas desde Fevereiro. O objectivo da empresa é afastar 600 trabalhadores, por mútuo acordo ou pré-reforma, uma meta que está perto de ser alcançada.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Grupo Portugal Telecom (PT), Jorge Félix, explicou na TSF que estas saídas estão a ser possíveis graças a uma parte do dinheiro recebido pela venda da brasileira, Vivo.
Jorge Félix referiu que a maioria das 400 saídas atinge pessoas com idades entre os 50 e 55 anos que vão para a pré-reforma.
«Mais de 400 trabalhadores já aceitaram sair nas condições propostas pela empresa. O número mais reduzido de saídas é a rescisão por mútuo acordo, onde há maior número de saídas é entre os 50 e os 55, ou seja, com a chamada suspensão do contrato de trabalho, e depois a partir dos 55 a pré-reforma», explicou.
O Sindicato dos Trabalhadores do Grupo PT sublinhou que este tem sido um «processo pacífico». Desde 1994 já saíram dez mil trabalhadores da PT por mútuo acordo. Tratam-se de saídas, frisou Jorge Félix, que evitam despedimentos colectivos.
«Com estas saídas tem-se evitado que isso [despedimentos colectivos] tivesse de acontecer porque a empresa inevitavelmente iria reduzir postos de trabalho, quer para reduzir custos, quer para questões de evolução tecnológica», justificou.
Contactada pela TSF, a empresa não quis comentar, justificando que só terá dados sobre esta questão no balanço trimestral da PT.