O deputado comunista Agostinho Lopes defendeu que o país vai ficar pior com o acordo com a 'troika', que classificou como «um brutal pacote de austeridade» cujo objectivo é «salvar a banca» nacional e estrangeira.
O dirigente comunista adiantou que comunicou ao ministro da Presidência do Conselho de Ministros, Pedro Silva Pereira, a «rejeição» do PCP face ao plano e advertiu que os portugueses «vão perder muito mais que o 13º e o 14º mês».
No final da reunião, Agostinho Lopes disse que o documento contém «uma redução brutal do investimento público, o encerramento de serviços públicos, privatizações a grande velocidade» incluindo «activos no estrangeiro da Caixa Geral de Depósitos que pode pÔr em causa o apoio aos exportadores» e aumentos «da carga fiscal».
Questionado sobre se o acordo é um documento fechado ou se o Governo terá ainda margem de manobra, Agostinho Lopes respondeu que «as margens de manobra presentes [na documentação] são extremamente curtas para não dizer que não representam nada».
Como exemplo, o deputado referiu que o documento prevê que em 2012 «vão fechar 20 por cento das repartições de finanças no país».