A Associação Nacional de Dirigentes Escolares (ANDE) apelou aos professores para assegurarem, sexta-feira, dia de greve da função pública, o normal funcionamento das escolas.
Perante a possibilidade de uma adesão elevada à paralisação do pessoal não docente, serão os docentes a abrir os portões das escolas e a acompanhar os alunos até às salas de aulas, contou à TSF o presidente da ANDE.
«O nosso plano B passa pela possibilidade de os professores terem a chave da escola e, no dia especifico das provas de aferição, eles próprios assumirem a responsabilidade de abrir a escola, acompanhar os alunos das provas da aferição» e ainda levá-los a casa, disse Manuel Pereira.
Considerando que esta é uma situação «extrema», o mesmo responsável frisou que «as provas de aferição são extremamente importantes».
«É sempre uma situação menos simpática, mas a maior parte dos professores são pessoas responsáveis e não criam problemas», comentou.
Confrontado com esta possibilidade, António Avelãs, dirigente da Fenprof, entende que «os professores não devem fazer nenhumas das tarefas que normalmente são realizadas» por outros profissionais e lançou um apelo nesse sentido.
Defendendo que «é preciso respeitar o direito à greve», António Avelãs acrescentou que se a adesão à greve for muito elevada numa escola as provas devem ser adiadas nesse local, algo que não causa «danos irreparáveis para ninguém».