Saúde

Sindicato dos Enfermeiros critica transferência de funcionários para novo hospital de Braga

O Sindicato dos Enfermeiros criticou os «saneamentos cirúrgicos» feitos pela Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte na transferência de trabalhadores do hospital de S. Marcos para o novo hospital de Braga.

José Correia Azevedo, presidente do Sindicato dos Enfermeiros, revelou que avançará para a justiça com os casos que envolvem dirigentes sindicais.

«Vamos colocar providências cautelares em tribunal no caso da dirigente sindical. Ela não pode ser mudada», garante o sindicalista.

«Na enfermagem, os cortes são cirúrgicos. Saíram os dirigentes sindicais, o que até é ilegal e vamos avançar para tribunal. Saíram os enfermeiros-chefes e os enfermeiros-especialistas», criticou ainda José Correia Azevedo.

O responsável diz ainda que «a nata da enfermagem do hospital de S. Marcos é marginalizada e não aceite no novo hospital».

As escolhas da ARS terão, na perspectiva do sindicato, «impactos ao nível da qualidade» dos serviços, porque «as instalações podem ser novas, mas os vícios são velhos», diz José Azevedo.

O presidente do Sindicato dos Enfermeiros salienta que, na Assembleia da República, «a ministra da Saúde disse que todos os trabalhadores transitavam» para o novo hospital.

«Para além disso, havia um acordo entre o novo hospital e a ARS, que nunca nos foi presente, que estipula que 95 trabalhadores transitavam para o novo hospital. Até agora 12 por cento dos trabalhadores abandonaram o hospital», revela José Azevedo.

Em comunicado, a ARS e a Escala Braga anunciaram que esta fica obrigada a «preencher a respectiva estrutura de recursos humanos em, pelo menos, 95 por cento, com recurso ao pessoal com relação jurídica de emprego público e que actualmente exerça funções no hospital de Braga».

Redação