No discurso sobre a defesa da escola pública,o secretário-geral do PS criticou o «radicalismo ideológico» do partido da direita e à postura «passadista e imobilista» da esquerda «radical».
Considerando que a escola pública será um dos temas-chave das eleições de 5 de Junho, José Sócrates criticou os que, a pretexto da situação económica, insistem na aposta no privado.
Essa «uma ideia aventureira, perigosa e radical, que vai estar em causa também nestas eleições», disse no "Fórum Educação - Educação Para Todos + Escola Pública", no Porto.
Para o líder socialista, a proposta do PSD, é a de que se «pode e deve transferir recursos do sistema público de educação também para financiar privados».
«E dizem isto com aquele ar cândido de quem está apenas a propor liberdade de escolha», ironizou, lembrando que os países que fizeram essa opção passaram a ter boas escolas privadas «para ricos» e uma escola pública «degradada e decadente», prossegue.
O secretário-geral socialista criticou também os que defendem a «escola parada no tempo», numa alusão a uma «esquerda radical, que a única coisa que fez [em seis anos de governação do PS] foi defender que tudo devia ficar na mesma».
«É uma esquerda "passadista e imobilista»,catalogou.
Durante a sua intervenção, Sócrates disse que os socialistas apostam na educação pública, «não por serem pelo igualitarismo», mas porque defendem a igualdade de oportunidades.