Esta manhã, no Fórum TSF, o coordenador do programa eleitoral do PSD reiterou a influência social-democrata no acordo com a "troika" e que «em princípio» o PSD não defende o aumento de impostos.
No Fórum TSF, Eduardo Catroga acusou o Governo de ter lutado para que não houvesse margem de manobra que permitisse ao novo Governo ajustamentos ao programa da "troika".
«Se o PSD for governo tem possibilidade de propor, sem prejuízo dos objectivos, ajustamentos às medidas de política, quer na área orçamental quer na área das políticas estruturais. O governo lutou para que não fosse assim, aliás nos adoçamos a pílula amarga que era o PEC4», referiu.
«Portanto, diria que aquilo de mau que existe no programa da 'troika' é um aprofundamento do PEC4, aquilo que de bom existe são as preocupações sociais, as medidas viradas para o crescimento, competitividade e emprego. Portanto, aí ficou demonstrado quem é que influenciou positivamente a pílula amarga que o país é obrigado a suportar por culpa exclusiva dos governos do senhor José Sócrates», sublinhou Catroga.
O coordenador do programa eleitoral do PSD disse ainda que os social-democratas não defendem «em princípio» o aumento de impostos.
«Não o aumento da carga fiscal total, em princípio, e manutenção da carga fiscal total no sentido de reduzir os custos do factor trabalho para as empresas, nomeadamente para as que exportam, para conseguirmos tirar condições para estimular o emprego e a criação de riqueza», explicou.
«O presidente do PSD disse sempre que só em última instância [defenderia o aumento de impostos] para evitar o corte de pensões ou salários. Mas pensamos que isso não vai ser necessário», acrescentou Eduardo Catroga.