O presidente do Infarmed lamenta que os doentes de Parkinson estejam privados de um dos medicamentos essenciais, mas explicou que não pode fazer nada para que o fármaco volte ao mercado.
Em declarações à TSF, Jorge Torgal, presidente do Infarmed, explicou que o laboratório que produz o Parkadina interrompeu a produção para rever os preços.
Por isso, justifcou Jorge Torgal, não pode fazer nada para ajudar os doentes com Parkinson, que estão há quase um mês sem um dos principais medicamentos para controlar os sintomas da doença.
«A empresa interrompeu o fabrico porque está em curso um processo para revisão do preço. Lamentamos esta situação mas do ponto de vista legal é normal, não é um medicamento essencial há outras alternativas terapêuticas, embora compreendamos que os doentes estejam habituados a esta medicação», referiu.
O Parkadina está esgotado nas farmácias desde 18 de Abril e não há previsão de quando voltará ao mercado.
Questionado sobre a possibilidade de pedir o medicamento no exterior, o presidente do Infarmed admitiu essa possibilidade mas só se existir algum pedido para essa importação, o que até agora ainda não aconteceu.
«Se houver entidades hospitalares que façam o pedido do medicamento isso pode suceder mas duvidamos que isso aconteça porque não é um medicamento que salve a vida das pessoas», explicou.
Ainda assim, e apesar de admitir que a situação é preocupante, Jorge Torgal referiu que há alternativas a este fármaco.
Opinião contrária tem a neurologolista Carolina Almeida Garrett, do Hospital de São João, no Porto, que garantiu na TSF que os doentes não têm mesmo alternativa terapêutica.
«É um fármaco que não tem qualquer alternativa. Portanto para os doentes em termos de qualidade de vida é trágico. A Parkadina é extremamente importante para tratar aqueles movimentos involuntários», referiu a neurologista.