A FNE considera que o número de inscritos no concurso de professores contratados, que encerrou esta segunda-feira, espelha a «precariedade» que se vive naquela classe profissional.
O Ministério da Educação divulgou que cerca de 50 mil professores inscreveram-se no concurso anual, que terminou esta segunda-feira, que visa suprir as necessidades transitórias de pessoal docente no próximo ano lectivo.
Para João Dias da Silva, dirigente da Federação Nacional da Educação (FNE), diz que o número de candidatos reflecte a precariedade crescente que afecta a classe docente.
«É um número que sobe porque os professores que vão sendo contratados não passam aos quadros e são obrigados a concorrer. Somam-se ainda as pessoas que vão terminando as suas candidaturas na área do ensino», refere.
Para o elemento da FNE, os cerca de 50 mil docentes que concorrem para professores em regime de contratação «representam um número denota a elevada precariedade no sistema educativo».
João Silva Dias esclarece que além dos docentes do quadro são necessários, em cada ano lectivo, pelo menos 20 mil professores para que o sistema de ensino funcione.
Depois da fase de candidaturas que terminou esta segunda-feira, vão ser publicadas, no final do mês, pelo ministério da Educação, as listas provisórias de colocação dos professores.