O líder do PSD rejeitou «mais aumento de impostos», se vier a ser primeiro-ministro, e acusou o adversário socialista de ser «exímio em dizer o que não é».
À margem de uma visita ao distrito de Vila Real, no qual é cabeça de lista dos sociais-democratas, Passos Coelho desafiou ainda o primeiro-ministro demissionário e recandidato «a explicar ao País se tenciona cumprir o que assinou, em matéria de baixa dos custos sobre o trabalho» porque até hoje «quem subiu impostos em Portugal foi o PS e o engenheiro Sócrates», referindo-se à diminuição da taxa social única (TSU).
«O PSD acha que o aumento de impostos que já está previsto por este Governo (demissionário e liderado pelo socialista José Sócrates) e no documento que assinámos com a 'troika' da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional já é mais do que suficiente. Não é preciso fazer mais aumento de impostos», disse.
O líder social-democrata afirmou que Sócrates é «exímio em dizer o que não é», exemplificou com a comunicação do chefe do Executivo sobre o acordo de ajuda externa com as instâncias internacionais e acusou-o de estar «insistentemente a querer dizer o que não está no programa do PSD».
«O IVA (Imposto sobre o Valor Acrescentado) não é para subir. O que temos de fazer se formos Governo é reestruturar o IVA, o que significa que, nas três taxas já existentes, temos de reclassificar produtos e serviços de modo a alargar a receita», continuou.
Questionado sobre alegadas incoerências em termos de medidas a tomar por um futuro governo no seio do PSD, Passos Coelho negou e esclareceu que é o próprio a tomar as decisões políticas.