O Tribunal Administrativo de Lisboa considerou inexistente a segunda parte da reunião do Conselho de Justiça que, há três anos, suspendeu Pinto da Costa e despromoveu o Boavista.
A reunião aconteceu no dia 4 de Julho de 2008 e acabou por confirmar um castigo ao presidente do FC Porto e a descida de divisão do Boavista.
No entanto, o Tribunal Administrativo de Lisboa considerou que a segunda parte desta reunião, na qual ficaram confirmados esses castigos, nunca existiu.
Isto porque o presidente do Conselho de Justiça, Gonçalves Pereira, encerrou a reunião perto das 18:00, após declarar o impedimento do vogal João Abreu para avaliar estes casos.
Já sem o presidente do Conselho de Justiça na sala, a reunião continuou com os restantes elementos.
Foi de madrugada, e numa segunda parte da reunião, que foram tomadas as decisões de penalizar Pinto da Costa e o Boavista.
Agora, o JN e o Público online escrevem que o Tribunal Aministrativo de Lisboa considerou inexistente a segunda parte da reunião, tendo de ser consideradas as decisões tomadas até às 18:00.
Contactado pela TSF, Gonçalves Pereira disse «não estar minimamente admirado» com a notícia, acrescentando que esta é uma «derrota» de Freitas do Amaral.
A TSF ouviu ainda José Manuel Meirim, professor de Direito Desportivo, que admitiu que o Conselho de Justiça da FPF seja obrigado a reunir-se, na medida em que, afinal, não houve deliberação.