Num debate televisivo, o líder do PS disse que a reestruturação da dívida seria um «calote aos credores», enquanto que o líder bloquista classificou a ajuda à Grécia como «tragédia económica».
O primeiro-ministro criticou a proposta do Bloco de Esquerda de reestruturar a dívida portuguesa, dado que «isso significa um calote aos credores e significaria que Portugal passaria a fazer parte da lista negra».
No debate televisivo com José Sócrates, o coordenador bloquista lembrou ao secretário-geral socialista lembrou a ajuda externa dada à Grécia, que classificou «tragédia económica», e citou títulos da imprensa, onde se fala em «tempo para o plano B».
Na resposta, José Sócrates insistiu na sua tese e recordou que «reestruturar uma dívida significa pagar um preço em miséria, desemprego e falências e, pior que isso, significa pôr em causa o projecto europeu e a moeda única única».
«A economia paga cinco por cento e está a cair dois por cento. Este acordo não pode ser pago», retorquiu Louçã, que lembrou que quando a «classe média vê a carteira encontra a mão do Governo que a atacou duramente».
Sócrates recordou depois que o seu Governo não acabou com os benefícios fiscais, mas impôs um limite para, por exemplo, as deduções para a saúde.
Tal como fez no debate com Paulo Portas, o primeiro-ministro assinalou que Louçã veio para este debate sem qualquer programa eleitoral.