Economia

Recessão «reflecte quebra nos gastos das famílias e do Estado»

Vieira da Silva dr

O ministro da Economia, Vieira da Silva, referiu hoje que os números do INE, que colocam Portugal em recessão técnica, «reflectem» a quebra nos gastos das famílias e do Estado.

«Os números hoje divulgados são uma primeira estimativa do INE, explicam a actual situação económica e reflectem o efeito da quebra da procura interna por parte das famílias e uma quebra na despesa do Estado», afirmou Vieira da Silva, reagindo aos números avançados hoje pelo INE.

A estimativa rápida do INE indica que Portugal já teve uma quebra no produto no último trimestre de 2010 e no primeiro de 2011 que foi, no entanto, «compensada com o bom comportamento das exportações, que, apesar de bom, é ainda insuficiente», acrescentou o governante.

A Comissão Europeia prevê que Portugal sofra uma recessão de 2,2 por cento este ano e de 1,8 por cento em 2012, segundo as Previsões de Primavera hoje divulgadas. Bruxelas antecipa ainda um aumento do desemprego para os 12,3 por cento este ano e 13 por cento em 2012.

Para a Zona Euro, a previsão de crescimento é de 1,8 e 1,9 por cento em 2011 e 2012, respectivamente.

Também hoje o INE revelou que o PIB português registou uma quebra de 0,7 por cento nos primeiros três meses do ano, o que atira o país para uma recessão técnica.