O presidente dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo reconhece que está decepcionado com a fraca adesão dos trabalhadores ao plano da empresa para enfrentar a falta de encomendas.
Em Abril, os Estaleiros Navais de Viana do Castelo convidaram os trabalhadores a ficarem em casa, garantindo a empresa o pagamento de 70 por cento do salário. Até agora, só quatro dos 700 trabalhadores aderiram à ideia.
«É uma decepção só terem aderido a esta proposta quatro pessoas», confessou o presidente do Conselho de Administração dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo, acrescentando que a empresa tem «outras propostas em cima da mesa», entre as quais uma que envolve a pré-reforma.
Carlos Veiga Anjos espera que a adesão ao plano de pré-reformas compense as dificuldades em convencer os funcionários sem trabalho a ficarem em casa.
«A existência de um número tão grande de trabalhadores sem ocupação há bastante tempo causa-nos problemas de gestão da situação», bem como «da gestão psicológica que esta situação acarreta», acrescentou.
O responsável reforçou que a «situação torna-se insustentável e é um desperdício de recursos estar todos os meses a mandar dinheiro para salários sem resolver os problemas de fundo da empresa».