O líder do BE insistiu no pedido de explicações a José Sócrates por causa do suplemento de dez mil milhões de euros às concessionárias das auto-estradas.
No final de uma visita na Marinha Grande, Francisco Louçã foi questionado pelos jornalistas sobre a declaração do director-geral do Tribunal de Contas, que afirmou que «não existe qualquer relatório de auditoria aprovado» sobre a Estradas de Portugal e avisou que, «enquanto órgão de soberania independente, não pode nem deve ser envolvido em campanhas eleitorais seja por quem for».
«O relatório é de 1 de Fevereiro e portanto numa questão de tanta dimensão e tanta importância, passou Fevereiro, Março, Abril, Maio e era bom que o Tribunal de Contas desse a sua opinião final», disse.
O líder bloquista salientou que sempre se referiu a um relatório preliminar, mas explicou que este foi «escrito por juízes do Tribunal de Contas que portanto respondem por aquilo que apresentaram nas suas conclusões e merece atenção».
«Nós precisamos que se possa olhar no país, com preocupação, com rigor, com conhecimento concreto dos dossiês e neste caso trata-se de um problema tão grave para o endividamento interno de um país que tem tais dificuldades que exige todo o esclarecimento», defendeu.