Francisco Louçã acusou, este domingo na Alfândega do Porto, indirectamente Paulo Portas de apelar ao voto cínico e frisou que a abstenção e o voto em branco é desistir do país.
«Neste últimos dias entraram algumas flores na campanha eleitoral e respondo por isso, por aqueles que somos tantos, que usam um cravo com o orgulho do que foi a história do nosso país e a eles quero lembrar as palavras do poema de Natália Correia, "A queixa das jovens almas censuradas"», disse perante 700 pessoas.
Usam-se flores para apelar ao que Francisco Louçã considera ser o voto mais cínico.
«Percebo que haja quem na direita tenha tanta vergonha das suas propostas que já vá ao país dizer que as minhas propostas não são de direita nem de esquerda», acrescentou.
Ainda nas críticas ao líder do CDS-PP, o bloquista referiu-ser àqueles que se juntam «aos apelos ao voto de quem deixou o país de rastos e se esconde».
«É por isso que é preciso votar, é por isso que a abstenção e o voto branco é desistir do país», defendeu, apelando à construção de uma esquerda unida e ampla.
No almoço comício estiveram os cabeças de lista pelo Porto, Aveiro e Coimbra, João Semedo, Pedro Filipe Soares e José Manuel Pureza, respectivamente, assim como o vocalista dos Blind Zero e apoiante do Bloco, Miguel Guedes.
«Se há três nos faltaram 704 votos para eleger o quatro candidato do BE pelo círculo do Porto, esta primeira semana de campanha eleitoral demonstrou que estes já estão conquistados», afirmou João Semedo.