O líder do CDS-PP diz que o Parlamento vai ter trabalhar no Verão para o país cumprir os «compromissos» e «ganhar margem de manobra para melhorar alguns aspectos» do acordo com a "troika".
Para Paulo Portas, existem aspectos que têm de ser melhorados e alguns efeitos do acordo minimizados. Contudo, diz, que isso só será possível com trabalho extraordinário.
«Para mim, é evidente que vai ser preciso trabalhar muito do ponto de vista institucional e parlamentar e político. O CDS foi o primeiro a dizê-lo e houve quem dissesse que nós estávamos a ser demagogos», afirmou Portas após um encontro à porta fechada com empresários na Guarda.
O líder centrista refere que «basta fazer as contas aos prazos» e considerou que «o Parlamento vai ter que trabalhar em Julho, Agosto e Setembro, se quer que Portugal seja um país que cumpre os seus compromissos para ganhar margem de manobra para melhorar alguns aspectos deste acordo que se tornou inevitável pela forma como José Sócrates governou o país».
O candidato do CDS-PP defende que a sua «única obsessão» é que Portugal não volte a recorrer à ajuda externa.
«É horrível que um país com nove séculos de história tenha sido colocado na situação vexatória de ter que pedir ajuda externa. A minha obsessão, porque acredito em Portugal enquanto nação, é que esta seja a última vez. E são os portugueses que vão decidir», sublinhou.
Na Guarda, Paulo Portas revelou que ainda não foi esclarecido pelo Governo quanto às dúvidas do CDS sobre as diferenças assinaladas no documento assinado com a "troika" em Lisboa e o documento enviado para Bruxelas.