Por causa do surto infeccioso em pepinos espanhóis, a Direcção Geral de Saúde (DGS) está a pedir aos médicos que procedam à imediata notificação de algum caso suspeito em Portugal.
Um documento, assinado pelo director-geral de Saúde, Francisco George, refere que os médicos devem proceder «à imediata notificação» dos casos que apresentem um «diagnóstico de Síndrome hemolítico-urémico, diarreia sanguinolenta com história de viagem ou estadia recentes no Norte da Alemanha e diarreia sanguinolenta com história de consumo de alimentos crus e sem outro diagnóstico etiológico».
Segundo o texto, publicado no site de Internet da DGS, o «aumento inesperado do número de casos« na região do Norte da Alemanha, e noutros países, como a Suécia, Dinamarca, Holanda, França e o Reino Unido, em pessoas que estiveram em território alemão, constitui um «alerta de saúde pública».
O comunicado indica que as infecções por Escherichia coli entero-hemorrágica têm um período de incubação de entre três a oito dias e causam uma «gastrenterite aguda, frequentemente acompanhada de febre, vómitos, dor abdominal e diarreia sanguinolenta».
Para prevenir esta doença, a DGS aconselha a «lavar cuidadosamente a fruta e os vegetais», a não utilizar «os mesmos utensílios para diferentes alimentos, a separar os alimentos em preparação dos alimentos cozinhados, a lavar as mãos antes e após a preparação de alimentos e entre a preparação de alimentos diferentes e a lavar as mãos antes e após a ida à casa de banho».
O surto infeccioso causado por uma variante agressiva da bactéria intestinal E.coli já matou 14 pessoas na Alemanha, país importador dos pepinos espanhóis, segundo os últimos dados divulgados pelas autoridades alemãs.
Aos 14 mortos somam-se 1200 infectados, dos quais 352 padecem da síndrome.