Economia

Finanças: «Confortável liquidez» não justificou colocação de mil milhões

Portugal dr

O Ministério das Finanças justificou, esta quarta-feira, a colocação de dívida inferior ao limite máximo indicativo com a «confortável posição de liquidez» de Portugal.

«A confortável posição de liquidez da república não justificou a colocação do montante máximo», afirma o Ministério das Finanças num comentário ao leilão de dívida de hoje, em que Portugal colocou 850 milhões de euros numa operação que tinha um montante indicativo entre 750 e mil milhões de euros.

O ministério liderado por Teixeira dos Santos afirma ainda que esta «confortável posição» teve um «efeito positivo na taxa de juro alcançada, permitindo colocação a taxa inferior à abertura do mercado hoje em mais de 60 pontos base».

Na operação desta quarta-feira, o Estado colocou hoje 850 milhões de euros de dívida com maturidade a três meses, pagando uma taxa de juro média de 4,967 por cento, 150 milhões de euros abaixo do máximo indicativo estipulado.

Pela dívida colocada hoje, o Estado paga assim uma taxa de juro média de 4,967 por cento, tendo a taxa de corte (última taxa de juro a que Portugal aceitou vender dívida) se fixado nos 4,999 por cento, que compara com o leilão de divida a três meses realizado a 4 de Maio, quando a taxa de juro média se fixou nos 4,652 por cento.

A procura foi de 2.322 milhões de euros, para os 850 milhões colocados, ou seja, 2,7 vezes a oferta.

Com o leilão de hoje, a linha de BT que vence a 23 de Setembro fica agora com um saldo vivo (montante a amortizar pelo Estado quando a linha atingir a maturidade) de 2.844,3 milhões de euros.