O presidente-executivo da TAP entende que as reivindicações do pessoal de voo são inviáveis e que a empresa não tem capacidade para resistir a estas exigências.
O presidente-executivo da TAP diz que os dez dias de greve que o pessoal de voo da transportadora pretende fazer vão provocar prejuízos de cerca de 50 milhões de euros à empresa.
Em conferência de imprensa, Fernando Pinto explicou que esta paralisação provocará o cancelamento de até 150 voos diários, que afectam cerca de 35 mil passageiros por dia.
Fernando Pinto entende ainda que as nove reivindicações apresentadas pelo sindicato do pessoal de voo, que incluem bónus salariais, em alguns casos, e quatro dias de folga por cada período de férias, são inviáveis.
«Estão fora deste mundo. Não estão conscientes do que está a acontecer, do sacrifício que muitos portugueses que não têm emprego estão a fazer. Isso é uma falta total de responsabilidade e infelizmente de ligação com a realidade», adiantou.
O presidente da TAP recordou que a empresa que dirige não pode ter ajudas do Estado e que «não resiste a um impacto deste tipo», concluiu Fernando Pinto, que apelou aos tripulantes para «comparecerem aos voos».
Fernando Pinto considerou que a companhia tem excesso de tripulantes e assegurou que a redução de um tripulante por voo não vai traduzir-se em despedimentos ou reduções salariais.