O primeiro-ministro espanhol anunciou, esta manhã, a intenção de pedir uma indemnização financeira às autoridades europeias, considerando que Bruxelas agiu com lentidão e a más horas.
«Foi lenta, agiu tarde e a más horas», considerou o ministro espanhol em entrevista, esta quinta-feira, à Rádio Nacional de Espanha.
A partir do momento que as autoridades alemãs, nomeadamente a ministra da Saúde de Hamburgo, vieram a público descartar que os pepinos espanhóis estavam na origem da crise com a bactéria E-Coli, José Luís Zapatero esperava mais da Comissão Europeia.
O primeiro-ministro confessou que gostava de ter visto uma reacção clara em que as regras do jogo, no seio da União Europeia ficassem bem claras.
Zapatero anunciou também a intenção de pedir uma compensação financeira às autoridades europeias pelos danos causados com esta polémica, exigindo ainda explicações contundentes sobre a condução deste processo.
«Agora», acrescentou Zapatero, «é hora de recuperar o bom nome dos agricultores espanhóis e as exportações».
O mal-estar com a crise dos legumes estendeu-se esta manhã à Rússia que fez saber que a partir desta quinta-feira está proibida a entrada de legumes europeus e aqueles que foram já importados vão ser apreendidos.
A União Europeia reagiu sem demora exigindo explicações ao governo de Moscovo e classificando o embargo como uma decisão de «desproporcionada».