O coordenador do BE condenou o facto de o CDS-PP já querer ministérios, ainda antes de terem sido as eleições, e criticou Belmiro de Azevedo por ter estado ao lado de Passos Coelho.
«Pelos vistos o CDS, apesar de estar no final da campanha, já quer ministérios. Parece que é o ministério dos Negócios Estrangeiros, a Economia, a Administração Interna, parece que é mais qualquer coisa», criticou.
Francisco Louçã acusou Paulo Portas de se apresentar como «vitorioso» antes da votação.
O semanário Expresso desta sexta-feira escreve em manchete que Passos Coelho só dá três ministros a Paulo Portas e quer um acordo com o PS.
«Eu registei que ontem [quinta-feira] houve uma intervenção directa de um dos homens mais poderosos da economia portuguesa junto de Pedro Passos Coelho: Belmiro de Azevedo que o foi apoiar. Talvez seja um sinal de como o interesse económico e a ideia de um Estado a favorecer os contratos e as facilidades para os grupos que têm dirigido o país, como é que esse interesse se conjuga neste último dia de campanha», criticou.
Francisco Louçã esteve esta sexta-feira de manhã na Junta de Freguesia da Senhora da Hora, em Matosinhos - local ao qual chegou utilizando o Metro do Porto - para um debate, onde ouviu queixas dos trabalhadores de várias empresas e até de desempregados.
Inicialmente o encontro de Louçã era só com a comissão de trabalhadores da Metro do Porto mas foram também elementos de empresas como a Sonae, a Unicer, a Casa da Moeda ou a Efacec que fizeram as suas queixas e as suas questões ao líder do Bloco.
Relatos da "caça ao homem" nestas empresas, dos contratos precários, o receio da privatização da Metro do Porto, da falta de regulação da carreira de maquinista para os condutores foram os temas em cima da mesa, para além dos "ladrões" do BPN, dinheiro que um dos trabalhadores quis saber onde está.
No final, aos jornalistas, Louçã sublinhou que «a Unicer, dirigida por Pires de Lima, tem os salários congelados há tanto tempo e tanto trabalho precário».