O chefe do Estado-Maior da Armada admitiu, esta sexta-feira, que vai ser dada mais atenção aos cursos de fuzileiros depois da violência exercida sobre um aluno por parte de seis colegas.
O almirante Saldanha Lopes admitiu, à margem das comemorações do 50º aniversário da instituição militar, em Vale do Zebro, que o stress dos cursos dos fuzileiros pode ser uma explicação, mas não pode ser desculpa para este episódio lamentável.
«É natural que o stress possa contribuir», mas «não é aceitável, nem minimamente, que haja situações daquelas que são humilhantes», disse.
Até 11 de Julho, o chefe do Estado-Maior da Armada vai decidir a sanção aos responsáveis pela agressâo, em concreto se mantém, agrava ou reduz a pena decretada de proibição de saída das instituições militares durante cinco dias.
Na mesma cerimónia, o ministro da Defesa considerou «lamentável» a agressão, mas recusou que este caso manche o nome da instituição, elogiando a forma como esta «soube reagir» ao incidente.
«É lamentável o incidente, a [forma da] sua divulgação, mas nada disso apagará, um segundo que seja, o muito que a Escola de Fuzileiros deu, está a dar e dará a Portugal», afirmou Augusto Santos Silva aos jornalistas.