Miguel Relvas entende que o próximo primeiro-ministro não terá problemas nos convites que lançar aos futuros ministros. Já Mota Soares mostrou abertura para um governo com dez ministros.
«Estou convencido de que não vai haver muitas negas. O Dr. Passos Coelho tem dito que tem o governo na cabeça, que o governo não é uma extensão do PSD e que está na hora de escolhermos para o governo aqueles que têm melhores condições», disse.
Miguel Relvas referiu que «muitos portugueses hoje largarão muitos dos seus compromissos profissionais se forem desafiados a ajudar Portugal a sair desta curva apertada onde nos encontrarmos».
O social-democrata saiu ainda em defesa da ideia de Passos Coelho de fazer um governo com dez ministros, justificando que isso é necessário sobretudo quando se exigem «sacrifícios» aos portugueses. «O exemplo vem de cima», reforçou.
Disse ainda que «os ministros podem acumular pastas» e «se tiverem dedicados de corpo e alma» é possível ter um governo pequeno, à imagem dos existentes num contexto europeu.
O secretário-geral do PSD defendeu ainda uma redução do número de deputados de 230 para 181, até porque não é preciso mudar a Constituição para que isso seja possível.
Quanto ao perfil dos ministros com que o PSD pretende formar governo, devem ser «competentes e dedicados ao serviço público». «Precisamos de ter gente que não faça de conta que é ministro», disse.
Relvas frisou ainda que é importante rapidez na tomada de posse do novo executivo com vista a Passos Coelho já estar presente no Conselho Europeu de 23 de Junho.
Também em declarações à TSF, o democrata-cristão Mota Soares não colocou de parte que algumas pastas sejam acumuladas por alguns ministros, apesar de o CDS-PP já ter defendido a existência de entre 12 a 13 ministros.