O número de vítimas mortais causadas pela bactéria E.coli aumentou para 25 na Alemanha, informou o ministro da saúde, sublinhando que «é necessário manter o alerta», apesar de haver agora menos contágios.
O surto infeccioso, que foi detectado a 19 de Maio, já afectou mais de 2000 pessoas na Alemanha, e 670 apresentam sintomas graves, por terem contraído a estirpe mais perigosa da bactéria, a chamada Síndrome Hemolítica Urémica (HUS), informaram em conferência de imprensa em Berlim os ministros da saúde e da Defesa do Consumidor dos estados federados e do governo central, após uma reunião de crise.
Entretanto, há a lamentar 25 mortos, «e não se pode excluir a hipótese de haver ainda mais óbitos», disse Bahr aos jornalistas.
Simultaneamente, o ministro da saúde alemão disse que há razões para «algum optimismo moderado», porque o número de infecções com EHEC tem diminuído nos últimos dias, segundo levantamento efectuado pelo Instituto Robert Koch (RKI) de Berlim, que coordena o combate a epidemias.
«É possível que o pior já tenha passado», disse Bahr, sublinhando, no entanto, que as recomendações à população para não consumir pepinos, tomate salada e rebentos de soja, que podem estar na origem do surto infeccioso, embora ainda não haja confirmação laboratorial, têm de ser mantidas.
Além disso, o ministro garantiu apoio financeiro aos hospitais para o tratamento de pacientes que contraíram EHEC, e voltou a louvar a cooperação entre as entidades federais e regionais, afirmando «não haver motivos» para duvidar da eficácia das mesmas.
Bahr aludia assim a um debate sobre a necessidade de criar uma entidade supervisora de combate a infecções, depois de terem surgido algumas dissonâncias entre o RKI e os ministérios da saúde regionais.
O RKI funciona como agência federal de combate a doenças, mas só pode intervir depois de haver uma solicitação das autoridades regionais, que constitucionalmente têm a tutela da saúde pública.
Na reunião dos ministros federais e dos "lander" alemães realizado hoje em Berlim para fazer o ponto da situação do combate à EHEC, participou também o comissário europeu da defesa do consumidor, John Dalli, que se mostrou «impressionado» com o trabalho das autoridades sanitárias alemãs.
Simultaneamente, Dalli afirmou que, quando a crise acabar «é necessário retirar lições da mesma».