Luís Amado disse que Portugal irá reconhecer o Conselho Nacional de Transição da Líbia, numa altura em que o governo português prepara o envio de uma missão diplomática a Benghazi.
«Essa decisão será tomada por parte deste governo ou do próximo a breve prazo dado que é esse o sentido que as perspectivas da comunidade internacional tem vindo a assumir», afirmou o governante, citado pela Lusa.
O ministro dos Negócios Estrangeiros falava esta quinta-feira aos jornalistas à saída da sessão de abertura da assembleia anual do Banco Africano de Desenvolvimento, que decorre hoje e sexta-feira em Lisboa.
«Vamos fazer isso seguramente dentro de algum tempo», sublinhou Luís Amado, ressalvando contudo que o actual governo «está instituído de poderes que justificam alguma contenção relativamente às grandes decisões que pode tomar e esta é uma decisão que não deixa de mexer com a actualidade internacional».
O ministro português lembrou que na semana passada recebeu em Lisboa um representante do Conselho Nacional de Transição (CNT) da Líbia, com quem concertou uma «agenda de cooperação para a transição que a Líbia tem que garantir para um regime normal».
Portugal anunciou na terça-feira o envio «nos próximos dias» de uma missão diplomática a Benghazi, chefiada pelo embaixador Bernardo Futscher Pereira, a convite dos representantes do CNT.
Sobre a missão, Amado adiantou apenas que está em fase de preparação logística.
Espanha, França, Itália, Reino Unido, Qatar, Gambia, Jordânia e Malta já reconheceram o CNT como representante legítimo do povo líbio.