O governador do Banco Central do México, Agustín Carstens, apresentou a candidatura para o cargo director-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), posicionando-se como o candidato dos países emergentes.
Agustín Carstens, que se encontrava de visita à Índia, disse na capital Nova Deli que a eleição do novo líder do FMI, que sucederá a Dominique Strauss-Kahn, deve decorrer de uma forma «transparente» e «em função dos méritos», conforme relatou a agência de notícias espanhola, EFE.
«Tenhas as características, as competências e a experiência para ocupar este posto», assegurou o responsável numa conferência de imprensa, após ter mantido reuniões com o primeiro-ministro indiano, Manmohan Singh, e outras autoridades do gigante asiático.
O candidato mexicano realçou que as economias emergentes representam já 50 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) mundial e prometeu, no caso de ser eleito, conceder «maior representação no FMI a países como a Índia, o Brasil ou a China».
E defendeu que estes países devem ter «mais voz» no FMI.
A visita de Carstens à Índia acontece três dias depois de a sua principal oponente, a ministra francesa da Economia, Christine Lagarde, ter também visitado a Índia e defendido a sua candidatura para liderar o FMI.
Após a visita de Lagarde, o governo indiano manifestou o desejo de que as potências emergentes formem «parte do consenso» na eleição, mas até ao momento não se comprometeu no apoio a nenhuma candidatura.