Vida

Prisão preventiva para suspeitos de rede de clonagem de cartões

Os três suspeitos de uma rede internacional de clonagem de cartões de crédito, detidos em Vila Real, vão ficar a aguardar julgamento em prisão preventiva, disse fonte da PJ.

O Tribunal de Vila Real aplicou a medida de coação mais gravosa aos três homens do leste europeu, com idades entre os 25 e os 33 anos, que foram detidos na quinta-feira após a denúncia de comerciante do centro comercial Dolce Vita Douro.

O inspector chefe da Unidade Local da PJ de Vila Real, António Torgano, disse hoje aos jornalistas que a «investigação teve início quando um comerciante comunicou à PSP que se encontravam uns indivíduos no estabelecimento com cartões supostamente irregulares».

Logo depois a PJ entrou em campo e apreendeu diverso material adquirido em várias lojas do centro comercial e o carro dos suspeitos, de matrícula espanhola, onde encontrou uma «mini fábrica de contrafação» e cerca de duas dezenas de cartões.

Os três homens estão indiciados por contrafacção de moeda e burla qualificada, num total de 20 crimes, podendo incorrer numa pena até 14 anos.

Os indivíduos chegaram a Trás-os-Montes vindos de Espanha e possuem, segundo o inspector, «conhecimentos avançados de informática que lhes permite praticar este tipo de ilicitude».

A polícia suspeita que a rede obtinha, através da Internet, os dados dos cartões de crédito das vítimas, residentes em países como a China, Estados Unidos da América (EUA) ou outros países europeus.

Depois, através de um computador normal e um leitor de bandas magnéticas, esses dados eram copiados para cartões arranjados através de furto, burla ou até de prestadores de serviço como, por exemplo, gasolineiras.

Depois de clonados os cartões, os suspeitos dirigiam-se a estabelecimentos comerciais onde efectuavam compras de «elevado valor, pequeno tamanho e de fácil comercialização», já que se destinavam, posteriormente, à venda.

Na incursão de apenas um dia a Vila Real, os suspeitos adquiriram computadores, telemóveis topo de gama, ratos para computadores, perfumes, canas de pesca, entre outros.

A PJ deduz que estão em causa «muitos milhares de prejuízos para os comerciantes».